É uma das alterações ósseas mais comuns em adultos. A joanete é uma saliência óssea que se forma no pé, especificamente na articulação metatarso-falangeana, a articulação do grande dedo do pé (hálux) e, na maioria das vezes, está relacionada ao desvio lateral do dedo. Alguns pacientes, no entanto, podem ter somente a protuberância, sem a associação ao desvio. 

A joanete ocorre quando o dedão sofre um desvio e vai na direção do segundo dedo, ou seja, não se trata de um osso que cresceu. A protuberância aparece não porque uma nova estrutura óssea tenha crescido, mas porque houve um desalinhamento entre os ossos e articulações dos dedos dos pés. 

Com a evolução do quadro, o dedo maior pode empurrar, sobrepor-se ou colocar-se debaixo dos outros dedos. Como consequência, a distribuição do peso nos pés fica comprometida, o que pode prejudicar várias articulações do corpo.

SINTOMAS E CAUSAS

O principal sintoma é a dor e o incômodo. Também pode haver vermelhidão na área e, às vezes, ferimentos, dependendo do grau de deformidade na articulação. 

Não existe uma causa específica para a joanete, mas um dos grandes vilões é o sapato de salto de bico fino, até por isso, as mulheres são mais acometidas. O salto alto projeta o pé para frente, o que prejudica a distribuição do peso corporal. O bico fino favorece a compressão dos dedos, principalmente do dedão e do dedinho. A parte da frente do calçado muito justa é outro fator de risco para o aparecimento dos joanetes.

Já os fatores intrínsecos são aqueles relacionados ao formato da estrutura óssea do pé. Em alguns casos, o problema é congênito, ou seja, a criança já nasce com o desvio lateral. Por volta de 60% das pessoas com joanetes têm história familiar do problema. A fragilidade de ligamentos e tendões e pé chato também podem estar associadas às  causas da joanete. 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 

O diagnóstico leva em conta os sintomas e a avaliação clínica das estruturas ósseas do pé comprometidas pelo joanete. Exames de raios-X costumam ser úteis para determinar a gravidade da lesão e orientar a escolha do tratamento.

O tratamento deve ser instituído de acordo com o grau da lesão. Há dois tipos de tratamento. O conservador, não visa à correção da deformidade. A proposta é aliviar os sintomas e impedir a progressão do desvio. Outros recursos terapêuticos são a utilização de protetores ortopédicos sobre a área deformada da articulação.

Há casos mais graves que exigem solução cirúrgica. Existem técnicas diferentes que permitem corrigir a deformidade, a fim de restaurar as funções perdidas e eliminar os sintomas dolorosos.